Gente...
Que jogo! Que ambiente! Que ginásio! Que torcida!
Hoje foi uma daquelas noites pra levar na mente por muitos e muitos anos. A noite da consagração de um projeto que uma cidade abraçou com muito carinho. O Mogi das Cruzes Basquete/Helbor sagrou-se campeão paulista de 2016 ao suplantar o Bauru Basket/Gocil por 69 a 61!
E nós estávamos lá!
Mas olha, não foi nada fácil. O Bauru começou marcando muito bem, com muita vantagem no cinco contra cinco. Rafael Hettsheimer estava bem na defesa e no ataque, ganhando com sobras o confronto com Caio Torres, que aparecia muito, mas muito mal no ataque. A entrada de Gerson e uma defesa mais fixa no poste baixo corrigiu esse problema, e Mogi conseguiu sair do primeiro quarto com uma desvantagem considerável, mas nada de outro mundo: 19 a 12.
Com uma melhora significativa nos arremessos de quadra e uma série de erros da equipe do interior, o Mogi conseguiu uma boa recuperação no segundo quarto, indo para os vestiários com apenas um ponto de desvantagem: 29 a 28.
Terceiro quarto e jogo muito nervoso. Alex começava a chamar a responsabilidade - foram 25 pontos (9/21 FG) e 12 rebotes do Brabo na partida - e nada da marcação mogiana encaixar em definitivo. Guerrinha alternava estilos, mas nenhum surtia efeito frente ao ataque bauruense. Felizmente, estávamos fazendo o feijão com arroz a atacando com cadência. Quarto empatado e Mogi perdia por um ponto no fim do terceiro período: 47 a 46.
Agora vem o meu destaque. Uma formação baixa e improvável que acertou a defesa mogiana, acelerou o ataque e causou precipitação no Bauru. O time do Alto Tietê iniciou o último quarto assim: Elinho, Larry Taylor, Filipin, Shamell e Tyrone. Ty jogando na posição 5 e batendo de frente com Hett em uma marcação individual.
A formação que abriu caminho para o título. E essa bola do Shamell caiu? Não!
Com essa formação em quadra foram 3 min. e 51 seg. Mogi levou a melhor nesse tempo com 9x6. Aí você deve me perguntar: Nossa, mas foram só três pontos de diferença, e daí? Sim, eu concordo. Mas nesse período o Bauru desperdiçou 5 ataques, com jogadas precipitadas de seus principais atletas - Alex e Hett, que vinham muito bem até aqui - e descontrole emocional do lado interiorano por esses erros.
Depois disso brilhou a estrela de Filipin. Merecidamente, coube a ele com bolas de três e lances livres no fim corroborar a festa mogiana. Larry fechou o caixão bauruense e colocou fim ao jejum de 20 anos do Mogi.
As duas conclusões desta noite:
- Nunca desdenhe de um time baixo no basquete, muitas vezes ele é necessário;
- Gritar 'É campeão!' é bom demais!
Mogi das Cruzes, bicampeão paulista de baquete! (1996 e 2016)
Destaques interessantes:
- Jefferson Willian (BAU): chutou 14 bolas de 3 pontos nas finais. Acertou no máximo o aro em todas: 0%.
- Guilherme Filipin (MOG): acertou 4 tentativas de três pontos das sete que realizou. Foi preciso no momento certo.
- Alex Garcia (BAU): fez 25 pontos e pegou 12 rebotes, sendo 4 ofensivos. Um monstro.
- Shamell Stallworth (MOG): 19 pontos, 11 rebotes e 2 assistências no jogo final. Cestinha do campeonato e MVP das finais.
Um abraço!
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