quarta-feira, 23 de novembro de 2016

As principais posições do basquete.

Oi, gente!


A postagem de hoje vem de uma sugestão do Romeu - ou Roberto, para os íntimos - e é basicamente sobre as posições que os jogadores podem assumir dentro da quadra durante o jogo de basquetebol. O basquete é bastante dinâmico, sendo assim comum que os jogadores realizem um rodízio em algumas jogadas, até para uma maior chance de êxito dos ataques. As posições que eu comentarei aqui são as mais comuns dentro do jogo, sendo atribuídas aos jogadores a partir das características de suas atuações dentro da cancha.

Um esquema básico com as principais posições do basquete e suas distribuições em quadra.

Percebam que o pivô costumeiramente habita as proximidades do garrafão. Ele não foi indicado dentro da área restritiva nesse esquema devido ao fato do cuidado que esse jogador deve ter em não violar a regra dos três segundos (você pode entender um pouco mais sobre essa e outras violações aqui!). Vamos expor então alguns pontos específicos de cada posição:

Posição 1 - Armador (A), Armador Principal (AP) ou Point Guard (PG): Jogadores desta posição costumam ser habilidosos e rápidos. Essas características ajudam no jogo de transição, que é o ato de levar a bola da defesa para o ataque. A organização das jogadas de ataque passam por esse jogador, sendo assim necessária muita perícia do mesmo para escolher uma boa jogada para a situação, porém sempre em consonância com as orientações do técnico. Jogadores desta posição costumam utilizar de sua habilidade para realizar infiltrações na defesa adversária com o intuito não só de pontuar, mas também de sofrer falta dos jogadores mais lentos (posições 4 e 5, geralmente). 

Chris Paul (Los Angeles Clippers), Larry Taylor (Mogi das Cruzes) e Valtinho (Bauru Basket): exemplos de armadores posição 1.

Posição 2 - Ala Armador (AA), Escolta, Lançador ou Shooting Guard (SG): A principal característica dessa posição é a de apoio ao armador principal. Para fazer frente a uma defesa bem postada é importante que sua equipe tenha variações interessantes no ataque. O ala armador usa de sua velocidade e agilidade, na maioria dos casos, para ajudar nessa variação. Infiltrações, jogadas em velocidades e tiros de longa distância também são, usualmente, características da posição.

Alex Garcia (Bauru Basket), Kobe Bryant (ex-Los Angeles Lakers) e Shamell Stallworth (Mogi das Cruzes): típicos jogadores da posição 2.

Posição 3 - Ala (A), Lateral ou Small Forward (SF): Provavelmente a posição mais complexa de ser explicada. Apesar de atuar majoritariamente pelas laterais da quadra, o ala possui responsabilidades que transitam muito entre as atribuídas ao ala armador e ao ala pivô. Resumidamente, ele possui grande responsabilidade na briga por rebotes longos, aqueles que caem longe do aro. Além disso, necessita infiltrar ou arremessar de média e longa distância para dar variabilidade ao ataque. Atua, junto com o SG, na contenção rápida dos contra-ataques e, muitas vezes, pode ser o responsável por bloqueios em jogadores de defesa para facilitar as jogadas ofensivas.

Clarissa Carneiro (Basquete Venceslau), LeBron James (Cleveland Cavaliers) e Mogi (Club Athletico Paulistano): alas com características distintas.

Posição 4 - Ala Pivô (AP), Líbero ou Power Forward (PF): As características do jogador dessa posição podem definir muito sobre o poderio ofensivo de uma equipe. Com alas pivôs mais fortes em quadra, a tendência é de um jogo mais centrado no garrafão. Quando a equipe possui jogadores mais leves nesta posição, com grande potencial para chutes do perímetro, é comum a utilização desses jogadores mais longe do garrafão (o que alguns costumam chamar de 'quatro aberto'). Jogadores desta posição costumam ter grande responsabilidade por rebotes e jogadas internas, porém podem surpreender a defesa adversária com bolas de longa distância, sobretudo da zona morta.

Pau Gasol (San Antonio Spurs), Guiherme Teichmann (ex-Rio Claro) e Guilherme Giovanonni (UNICEUB/Cartão BRB/Brasília): jogadores da posição 4 que fazem a diferença em quadra.

Posição 5 - Pivô (P) ou Center (C): Sabe aquele jogador clássico quando se fala em basquete? Trombador, forte, alto... Ele é o pivô! É o jogador que atua próximo da cesta, com a incumbência principal de brigar pela maioria dos rebotes, bem como de atuar no jogo de um contra um dentro do garrafão em busca dos dois pontos. Pode participar de bloqueios contra a defesa, principalmente para facilitar as infiltrações dos alas e armadores. Geralmente não possuem bons índices em arremessos de três pontos, muito embora no basquete atual alguns se destaquem pela destreza também nesse fundamento.

Shaquille O'Neal (Ex-Miami Heat, Los Angeles Lakers, Phoenix Suns, entre outros), Dwight Howard (Atlanta Hawks e Superman nas horas vagas) e Caio Torres (Mogi das Cruzes): este último possui um bom aproveitamento em arremessos do perímetro.

Gente, o post de hoje acabou ficando meio longo, mas acho que ficou muito interessante pelas informações disponíveis. Espero que todos gostem e que seja útil para o entendimento do basquetebol!

Um abraço!





terça-feira, 15 de novembro de 2016

Alley-oop!

Olá, gente!

Estou muito contente por conseguir manter uma constância de postagens aqui. Sinto-me muito bem em poder escrever sobre algo que gosto, e mesmo que poucas pessoas leiam, acho muito legal a oportunidade de, no meu tempo livre, aprender a escrever um pouco melhor.

Hoje a postagem será bem simples, mas aposto que será um aprendizado certo para quem se atrever a abrir o blog. A Natália, uma amiga minha da faculdade, me perguntou esses dias qual o significado - se é que exista um - do endereço do blog. Em outras palavras: 'Que diabos é alley-oop, Paulo?'

Bem, antes de falar o motivo da escolha, falarei um pouco sobre o termo. Alley-oop é uma jogada plástica do basquete que, na maioria das vezes, termina em uma enterrada. A jogada consiste basicamente em um passe em elevação de um jogador para o outro (pode ser realizada por um único jogador, com o auxílio da tabela, como neste caso). O jogador que recebe o passe geralmente encerra a jogada com uma enterrada, podendo também completar com um leve toque para a cesta - neste caso a jogada perde em plasticidade, mas continua sendo muito útil.

O passe pode sair de qualquer lugar, inclusive numa cobrança fora da quadra.

No Brasil a jogada é conhecida como ponte aérea. A expressão alley-oop não possui uma tradução. Na verdade ela nem se originou no universo do basquete, mas sim no circo (pois é, no circo!). A expressão é derivada do francês 'allez hop', que eram os dizeres do acrobata para a plateia antes de um salto muito grande.

A expressão surgiu para o esporte no futebol americano, em um jogo na década de 1950. Foi utilizada para se referir a um passe alto e muito largo. A semelhança com esse passe na jogada do basquete fez com o que o termo migrasse de esporte, se tornando símbolo de beleza no esporte da bola laranja.

Uma seleção com as melhores pontes aéreas - ou alley-oops - do NBB da última temporada.

Vendo o vídeo é possível perceber que a jogada pode variar bastante. O uso da tabela é permitido, bem como uma finalização para empolgar a torcida. Adotei esse nome para o blog justamente pela beleza dessa jogada. É impossível ficar sentado no ginásio ao ver uma ponte aérea do seu time. Da mesma forma, certamente você colocará as mãos na cabeça quando ela for realizada pelo time adversário.

Mais algumas alley-oops (agora na NBA)!


Um abraço!

O Tamanduá chegou! E trouxe a conta.

Olha, eu adoro a música brasileira. Posso fazer um post só sobre os autores e cantores que ouço quase que diariamente. Mas calma, este ainda é um blog sobre basquete...

Hoje, quando li a notícia da suspensão da Confederação Brasileira de Basquete de competições organizadas pela FIBA (Federação Internacional de Basquete), tocava em meu fone de ouvido uma grande obra de Tim Maia e Ivan Lins: Formigueiro. Interpretei isso como mais que uma coincidência, mas como um sinal.


Avisem a CBB: a conta chegou!

Gente, a CBB se tornou uma verdadeira bagunça desde a primeira gestão do ex-presidente Grego. O maior episódio dessa desorganização foi o Campeonato Brasileiro de Basquete de 2006, que por entraves na justiça comum acabou sem campeão. Imaginem comigo agora a seguinte cena: você é patrocinador, investe em um esporte, disputa um campeonato e no fim não há um premiado. Você investiria novamente a sua marca em uma baderna dessa? Imagino que não.

Por sorte, após alguns anos de idas e voltas, houve a consolidação de uma Liga mantida e organizada pelos clubes, o que afastou a CBB do campeonato nacional e deu gás ao Novo Basquete Brasil.

Todavia, na tarde de ontem, o formigueiro da CBB recebeu a visita de um tamanduá. O motivo da visita? Problemas na gestão da entidade, no pagamento de dívidas e até na organização de campeonatos internacionais, como consta abaixo:

Só eu acho que o pessoal da FIBA poderia aprender a usar a ferramenta para justificar o texto?

Em sumo: a FIBA resolveu tomar uma atitude drástica em relação ao formigueiro sem dono que virou a CBB. Muito em parte pelo prejuízo que levou com a venda da vaga olímpica ao Brasil em 2016, nos jogos do Rio de Janeiro.

Quem perde com isso? 

Em primeiro plano, os clubes brasileiros que disputariam a Liga das Américas 2017 (a Libertadores do basquete). Bauru Basket e CR Flamengo estão impedidos, até segunda ordem, de disputar a competição. Lembram da fuga de patrocinadores que evidenciei anteriormente? Pode acontecer novamente, com um grande álibi.

Em segundo plano, o Mogi das Cruzes, que disputa a final da Liga Sul-Americana de Basquete. Em caso de título, o time não poderá usufruir do maior prêmio da competição: a vaga na Liga das Américas.

Em um plano muito, mas muito superior aos dois citados, perde o basquete brasileiro, que já se vê atrasado em diversos pontos - estruturais, táticos e técnicos - em relação ao basquete internacional. Este tempo de 'molho' só tende a piorar as coisas, infelizmente!

 
Seleção nacional também é afetada com a suspensão.

Ah, fica o link aqui pra quem quiser ouvir a música que foi pano de fundo desse post!

Um abraço!

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Até quando esperar?

Olá, gente.


No último post eu falei um pouco sobre o Novo Basquete Brasil. Tentei expor o básico do campeonato que começa no próximo sábado. Durante a postagem eu comentei sobre a desistência do time de Rio Claro. A equipe de interior vinha com um projeto muito legal, que trouxe de volta o torcedor ao Ginásio Felipe Karan, sobretudo no campeonato paulista desse ano. A falta de patrocinadores, aliada aos novos rumos da prefeitura do município paulista fizeram com o que projeto tivesse que ser interrompido.

Ginásio Felipe Karan lotado em partida do Rio Claro.

O basquete brasileiro possui algumas características muito peculiares. Como não há grandes cotas de televisão aos clubes, os mesmos procuram se manter através de patrocinadores e apoio de prefeituras. Obviamente que clubes como Flamengo, Vasco e Paulistano possuem um quadro de sócios, com um departamento exclusivo para o basquete, possuindo assim maior facilidade para continuar com as suas atividades. Mesmo assim, temos um fato bem curioso: desde que se começou a disputar um campeonato nacional da modalidade, em 1965 com a Taça Brasil, somente um clube brasileiro nunca fechou as portas para o basquete. Este clube é o Franca Basquetebol Clube (SP).

Todos os outros times participantes já tiveram, em algum momento, de fechar as portas para o basquete. Os motivos? Visibilidade reduzida, falta de investimentos, patrocinadores e apoiadores, polêmicas envolvendo os clubes, federações e confederações, entre outros. Dessa forma já podemos perceber que grande parte do problema do esporte no país se dá por uma questão financeira, de apoio para a modalidade.

Vou me restringir agora ao NBB. Criado em 2009, o campeonato cresceu muito em visibilidade nos últimos anos. Porém, é triste perceber que, desde sua criação, nada menos do que 15 equipes abandonaram a Liga. A grande maioria pelas questões financeiras apontadas anteriormente. São elas:

- Tijuca (RJ);
- Palmeiras (SP);
- Suzano (SP);
- São José dos Campos (SP);
- Araraquara (SP);
- Assis (SP);
- Uberlândia (MG);
- Vitória (ES);
- Lajeado (RS);
- Vila Velha (ES);
- Joinville (SC);
- Limeira (SP);
- Londrina (PR);
- Goiânia (GO);
- Rio Claro (SP).

Isso mesmo, gente. Daria pra formar uma nova Liga só com os times que abandonaram o campeonato desde a sua formação. O apoio ao esporte no Brasil cresceu nos últimos anos, mas ainda é ínfimo para se pensar em uma liga realmente forte, com visibilidade nacional e internacional. Mas qual o motivo de um investimento tão baixo por parte de patrocinadores em um esporte olímpico, conhecido por muita gente e que já trouxe dois campeonatos mundiais para o Brasil (1959 e 1963)?

Justamente o último ponto de nossa pergunta pode ser o pontapé inicial para a nossa resposta. A visibilidade do esporte no âmbito nacional depende muito da seleção. Todo brasileiro gosta de torcer pela seleção. Se a seleção não obtém bons resultados, ele simplesmente não se interessa por conhecer o campeonato nacional de clubes. Sem interesse da massa, as emissoras e patrocinadores veem um grande risco de investimento, uma vez que o retorno não é garantido. É claro que a crise econômica - motivo universal para falta de dinheiro em nosso país - também afeta o esporte.

A volta do NBB para a TV aberta - este ano na BAND - é um passo gigantesco. Mas precisamos de mais! Mais qualidade na gestão de nossas seleções, mais respeito aos clubes que se aventuram em apoiar a modalidade, mais campeonatos de base e mais clareza nas ações da CBB.


BAND e LNB: uma parceria que tem tudo pra dar resultados.

Ah, precisamos de menos também: menos - de preferência nenhuma - corrupção em todas as esferas do esporte, para garantir que o pouco dinheiro reservado para a modalidade seja, de fato, aplicado nela.


Até quando esperar por um cenário digno de esporte bicampeão mundial para o basquete no Brasil?

Um abraço!


terça-feira, 1 de novembro de 2016

Que os jogos comecem!

Olá!


É muito interessante que os esportes coletivos tenham competições nacionais para exposição da modalidade e dos clubes praticantes. No futebol, temos o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil. No voleibol, a Superliga é o campeonato nacional da modalidade. Hoje eu vou falar um pouco do campeonato nacional de basquete, o Novo Basquete Brasil/Caixa (NBB/Caixa).


NBB: o campeonato brasileiro de basquete unificado.


O NBB tem uma diferença primordial em relação ao campeonato brasileiro de futebol: - além da modalidade, é claro - ele é organizado por uma liga composta pelos clubes participantes, e não pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Essa nova organização, que deu fim ao antigo Campeonato Brasileiro da CBB e criou a Liga Nacional de Basquete (LNB) e o NBB, se deu por problemas de gestão nos torneios anteriores, que acabaram culminando no caso mais vergonhoso - na minha visão - da história do basquete no Brasil: o Campeonato Brasileiro que terminou sem um campeão (2006). Mas este será o assunto de uma outra postagem...

O campeonato, em sua atual edição, contará com 15 participantes. O Flamengo, atual campeão, terá a honra de abrir a nona edição do torneio contra o Bauru Basket no próximo sábado (5). Flamengo, com cinco títulos, e Brasília, com três, são os únicos campeões da história do NBB!

Os participantes da atual edição são:


Região Sul:
- Caxias do Sul Basquete (RS);
- Campo Mourão Basquete (PR);

Região Sudeste:
- Esporte Clube Pinheiros (SP);
- Club Athletico Paulistano (SP);
- Mogi das Cruzes Basquete (SP);
- Bauru Basket (SP);
- Franca Basquetebol Clube (SP);
- Liga Sorocabana de Basquete (SP);
- Clube de Regatas Flamengo (RJ);
- Clube de Regatas Vasco da Gama (RJ);
- Macaé Basquete (RJ);
- Minas Tênis Clube (MG).

Região Nordeste:
- Esporte Clube Vitória (BA);
- Basquete Cearense (CE).

Região Centro-Oeste:
- Brasília Basquetebol (DF).


Participantes do NBB/Caixa de 2016/17.


A nota triste fica pela equipe rio-clarense, que pediu licença da competição por questões financeiras. Na primeira fase do certame todos jogam contra todos, e os 12 melhores se classificam aos Playoffs. Nesta fase, seguem-se confrontos eliminatórios no formato melhor-de-cinco partidas até a final da competição.

Hoje o post foi mais de apresentação do campeonato. Resolvi não me estender muito, já que pretendo escrever muito sobre o NBB por aqui. Espero que seja um campeonato emocionante, como já é de praxe. Neste ano a grande novidade fica pela transmissão do campeonato na TV aberta pela Band, o que potencializa a exposição do esporte.

Uma boa sorte aos competidores, em especial ao meu Mogi!



Um abraço e bom feriado!